04/03/2024 17:13 - Energia
Radioagência
Governo atualiza dados sobre eficiência energética em audiência da Frente Parlamentar de Energia
GOVERNO APRESENTA PLANO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM DEBATE COM FRENTE PARLAMENTAR DE ENERGIA. A REPÓRTER SILVIA MUGNATTO ACOMPANHOU.
O governo vai trabalhar em um índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025. De acordo com Samira Carmo, do Ministério de Minas e Energia, o setor é o que mais precisa de investimentos em redução do consumo de energia em economias emergentes como o Brasil.
Samira participou de debate sobre eficiência energética promovido pela Frente Parlamentar de Energia. Ela explicou que, em 2024, o trabalho de índices mínimos será feito com lâmpadas de led e refrigeradores comerciais. Em 2023, foi a vez dos refrigeradores residenciais, o que, segundo ela, levantou alguma reação do setor empresarial.
Para o governo, ainda existe uma cultura empresarial que vê os investimentos em eficiência energética apenas como custos. Samira disse, porém, que cada real investido em eficiência gera uma economia de R$ 3,40.
Carlos Alexandre Pires, do Ministério do Meio Ambiente, reafirmou a resistência da indústria em investir mais:
“Grandes dificuldades nós temos tido ao longo destes últimos anos, senão décadas, para convencer a indústria de que ao fim e ao cabo tornar-se eficiente é benéfico para ela mesma. Tornar-se eficiente é fazer com que essa nossa indústria seja capaz de enfrentar em pé de igualdade outras indústrias mundo afora. E não se tornar apenas produtora para o mercado interno ou de produtos de consumo aqui no Brasil”.
Samira lembrou ainda que o Brasil tem muito potencial para elevar o consumo de energia e, também por isso, será preciso ser mais eficiente. O consumo de energia nos Estados Unidos, por exemplo, é cinco vezes maior que o do Brasil.
De acordo com Gustavo Fontenele, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; a idade média das máquinas e equipamentos industriais é de 14 anos e as micro e pequenas empresas apresentam médias ainda mais altas.
Pelos compromissos assumidos pelos países para deter o avanço do aquecimento global, será necessário aumentar a taxa média anual global de melhoria da eficiência energética de 2% ao ano para mais de 4% ao ano.
A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia defendeu a aprovação de projetos de lei que estão em análise na Câmara e que promovem a eficiência energética (PLs 3447/21 e 3324/21). O deputado Bandeira de Mello (PSB-RJ), membro da frente parlamentar, disse que conta com todos os participantes do debate para discutir os projetos.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Silvia Mugnatto








