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UMA SESSÃO SOLENE NA CÂMARA HOMENAGEOU OS 40 ANOS DO MOVIMENTO DOS SEM TERRA. OS DETALHES COM ANA RAQUEL MACEDO.

A Câmara dos Deputados realizou (28) uma sessão solene para homenagear os 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O MST foi fundado em janeiro de 1984 na cidade de Cascavel, no Paraná. O movimento está organizado, atualmente, em 24 estados e conta com cerca de 450 mil famílias assentadas.

Acompanhada por representantes do movimento, a sessão de homenagem foi solicitada por diversos deputados, como Luiza Erundina (Psol-SP). Ela destacou a importância do MST para o combate às desigualdades no Brasil e a produção de alimentos.

“Preparamos essa homenagem a todos vocês que aqui se encontram e que de forma muito honrosa representam todos aqueles e aquelas que sustentam a vida do país, produzindo alimentos, produzindo dignidade e produzindo Justiça”.

O deputado João Daniel (PT-SE), que também propôs a homenagem, disse que a história do MST é marcada pela luta de homens e mulheres que nunca se renderam.

A sessão solene também foi acompanhada por membros do governo. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar com a reforma agrária.

“O Brasil tem terra suficiente para acolher todos os agricultores que querem nela trabalhar. Fazer a reforma agrária está na nossa Constituição, está na agenda do MST e está na agenda do presidente Lula”.

Durante a sessão solene, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) criticou a atuação do MST. Ele disse que a CPI que a Câmara realizou em 2023 para investigar o movimento encontrou “miséria generalizada” em assentamentos visitados em diversos estados, evidenciando o insucesso do modelo. Ricardo Salles foi relator da comissão.

Integrante do MST, o deputado Marcon (PT-RS) mora em um assentamento na cidade de Nova Santa Rita. Ele rebateu as críticas e destacou que o MST é um grande fornecedor de alimentos, sendo, por exemplo, o maior produtor de arroz orgânico no país.

“Quem fala da pobreza, da miséria, é o mesmo que vai à feira do Movimento Sem Terra comprar comida sem veneno, sem agrotóxico. [...] Nós produzimos comida também para aqueles que odeiam a gente”.

Presidindo a sessão solene, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que nunca havia visto deputado criticar uma instituição que estava sendo homenageada pela Câmara.

Da Rádio Câmara, de Brasília, com informações de Janary Junior, Ana Raquel Macedo