23/02/2024 18:01 - Política
Radioagência
Plenário pode votar nesta semana proposta que muda registro de imóveis para evitar invalidação de futura negociação do bem
PLENÁRIO PODE VOTAR NESTA SEMANA PROPOSTA QUE MUDA REGISTRO DE IMÓVEIS PARA EVITAR INVALIDAÇÃO DE FUTURA NEGOCIAÇÃO DO BEM. OUTRAS PROPOSTAS TAMBÉM PODEM ENTRAR EM VOTAÇÃO E O REPÓRTER SANTIAGO DELLAPE TEM OS DETALHES.
Nesta semana, o Plenário da Câmara pode votar o projeto (PL 1269/22 ) que inclui artigo na Lei de Improbidade Administrativa estabelecendo que o registro de determinado imóvel deve conter informações que possam invalidar sua futura negociação, como é o caso da existência de hipoteca judiciária, restrição de uso ou de processo sobre suspeita de fraude relativa ao imóvel.
O objetivo é resguardar o comprador de boa-fé, que adquire o bem sem conhecimento de situações que possam levar à ineficácia futura da transação. A proposta já foi aprovada na Câmara, mas, como foi modificada pelos senadores, voltou para nova análise dos deputados.
O texto está em regime de urgência, mas não há unanimidade para votá-lo de forma mais rápida. O PSOL é contra a urgência, como explica o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ).
“Nós entendemos que precisaríamos de mais tempo para analisar o projeto. Na nossa opinião, ele flexibiliza determinadas situações que, para fins de improbidade administrativa, significam a indisponibilidade dos bens. Dada a forma como está colocado, não cabe, na nossa opinião, urgência neste momento.”
A urgência é apoiada pela oposição, como destacou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) durante a votação para que a proposta passasse a tramitar de forma mais rápida.
“O novo orienta "sim", porque não achamos certo que alguém compre um imóvel e, durante o período de compra, o terceiro, de boa-fé, que tirou a certidão, seja penalizado. Então orientamos "sim". E a minoria também orienta "sim", presidente.”
Outra possibilidade na agenda legislativa é que sejam pautadas medidas provisórias de crédito extraordinário editadas no ano passado pelo governo Lula, e que perdem a validade nas próximas semanas. Como, por exemplo, a MP número 1.190, que abre crédito no valor de 400 milhões de reais para compensar empreendedores atingidos pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. Ou a MP 1.189, que regulamenta essa subvenção, ou ainda a MP 1.191, que libera 259 milhões de reais para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional mitigar efeitos de desastres naturais, como os temporais na região sul e sudeste, e as secas na região norte.
É importante lembrar que medidas provisórias entram em vigor na data de publicação, ou seja, os créditos ficam disponíveis assim que o presidente assina. Mas a aprovação das MPs no Congresso é importante para poder prorrogar a validade dos recursos que ainda não foram utilizados. Essas e outras votações você acompanha no portal da Câmara, na Rádio e na TV Câmara, no nosso canal no YouTube e nas nossas redes sociais.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Santiago Dellape








