Rádio Câmara

Pesquisa do laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração (Colab/UFF) da Universidade Federal Fluminense revela o volume de ataques contra as 79 deputadas federais e 12 senadoras da legislatura passada em plataformas sociais. O estudo abordou manifestações no Twitter Facebook, Instagram e Youtube.

A professora Letícia Sabbatini, uma das autoras do relatório, aponta que o principal objetivo das ações é prejudicar a entrada das mulheres na política ou sua atuação nos mandatos, e não acontece apenas em anos eleitorais, sendo uma constante contra representantes eleitas e se estendendo também contra deputadas estaduais, vereadoras e prefeitas.

A especialista observa que a violência pode ter contornos explícitos, mas em geral acontece de forma mais velada, sutil, com estratégias dos agressores para camuflar seus ataques mas ainda assim com insultos e tentativas de humilhar as mulheres e sem excluir ataques mais diretos, com ameaças de morte, referências à família da vítima e discursos de ódio.

Letícia Sabbatini analisa que, se por um lado os ataques obtêm sucesso em afastar as mulheres da política, por outro geram uma reação da sociedade, da academia e do poder público, a partir de estudos, projetos de lei e outras iniciativas para frear a violência, o que faz com que muitas mulheres percebam que não estão sozinhas.

Apresentação – Marcio Achilles Sardi