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Dr. Luiz Ovando defende o ensino de hábitos saudáveis para crianças para evitar doenças do coração

18/09/2024 -

  • Entrevista - Dep. Dr. Luiz Ovando (PP-MS)

O deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS) diz que o melhor caminho para evitar doenças cardiovasculares é ensinar à criança, desde cedo, a: comer adequadamente, ser ativo, não engordar e não usar drogas. “Hábito, a gente leva para a vida toda”, afirma. Hoje, as doenças do coração respondem por 33% das mortes (ou 1,1 milhão de pessoas) por ano no Brasil.

Ovando explica que o coração é um “órgão dinâmico”, “o primeiro que responde quando o corpo é solicitado”. Ele afirma que temos uma sociedade “inquieta, competitiva, com uma carga de adrenalina constante”, o que sobrecarrega o coração. “A função faz o órgão”, resume. “É preciso repensar nossa sociedade e nossos valores”.

São vários os fatores de risco para as doenças do coração. A principal é a hipertensão, “doença silenciosa”, segundo o deputado. Outros fatores são: inatividade, obesidade, excesso de açúcar e de gordura na alimentação, diabetes, colesterol alto, tabagismo e uso de drogas.

Para evitar doenças do coração, segundo o deputado dr. Luiz Ovando, é preciso fazer exames cardiológicos anualmente depois dos 35 anos (para quem não tem fator de risco) ou dos 30 anos (quando houver fator de risco). Entre os sinais dessas doenças, estão: dor no peito, tonturas e palpitações. Mas Dr. Ovando alerta: metade das pessoas que morrem de infarto nunca haviam apresentado nenhum sintoma antes.

Na alimentação, dr. Ovando diz que os hábitos mudaram para pior. “O que se vê hoje é a tentativa de se facilitar a alimentação”, diz. “As pessoas não querem mais cozinhar em casa. Precisamos voltar às origens”. Alimentação saudável, segundo ele, é: arroz, feijão, salada bife ou ovo. “Vamos deixar de lado guloseimas, que têm muitos aditivos e são prejudiciais, e as comidas americanas, como sanduíches e hambúrgueres”, aconselha. “Lá de vez em quando, pode. Mas não todo dia”.

Dr. Luiz Ovando diz que, na década de 1930, houve uma mudança no perfil patológico no país. Antes, a maioria das mortes decorria de infecções. Com a evolução de Medicina, houve a predominância das doenças cardíacas nas causas das mortes.

Segundo o deputado, hoje, há “mobilidade reduzida, comida em excesso e aumento de preocupações”, numa sociedade “insegura, medrosa e agressiva”. “Tudo conspira para ficarmos parados”, diz, ao pregar a necessidade de exercícios físicos.

Apresentação - Mauro Ceccherini

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