Política e Administração Pública

Projeto reserva o comando da Abin aos oficiais de inteligência

Hoje esses cargos são de livre nomeação, proposta os restringe a servidores de carreira

07/04/2022 - 12:07  

Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Deputado Augusto Coutinho discursa no Plenário da Câmara
Coutinho: cargos estratégicos devem ser privativos de quem tem a devida habilitação

O Projeto de Lei 648/22 torna os cargos de diretor-geral e de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje ambos de natureza especial e livre nomeação, privativos dos servidores da carreira de oficial de inteligência. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera a Lei da Abin.

“Os serviços da Abin envolvem assuntos sensíveis, como informações sobre espionagem ou sabotagem. É aconselhável que cargos estratégicos desse órgão sejam privativos dos oficiais de inteligência, que possuem a devida habilitação”, disse o autor da proposta, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

Atualmente, as carreiras da Abin são regidas pela Lei 11.776/08. São quatro cargos de inteligência: oficial, oficial técnico, agente e agente técnico. Os dois primeiros exigem formação em nível superior; os demais, em nível médio.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Íntegra da proposta