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Comissão discute desafios do ensino médio integral no modelo híbrido

05/11/2021 - 07:43  

Uanderson Fernandes/Ascom – Seeduc-RJ
Aluno em sala de aula
Em 2019, 10,8% dos alunos do ensino médio frequentavam cursos com sete horas diárias ou mais

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados discute nesta sexta-feira (5) as adaptações necessárias para retomada do modelo de ensino médio integral (EMI).

O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), que pediu a realização da audiência, explica que o ensino médio integral visa à formação dos estudantes, "a partir de uma proposta pedagógica multidimensional, conectada à realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais".

Segundo ele, a ampliação da jornada escolar auxilia na solidificação dos conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na superação de desigualdades.

Alencar afirma que, quando comparado ao ensino regular, os estudantes do ensino médio integral têm melhores notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). "Comparando o desempenho de escolas que aderiram ao modelo integral em 2018 ou 2019, vemos que o crescimento no Ideb 2019 versus o Ideb de 2017 foi de 17,3%, em contraponto ao incremento de apenas 9,7% das escolas que permaneceram no modelo regular", disse o deputado.

A audiência, que recebeu o apoio dos deputados Danilo Cabral (PSB-PE), Professora Rosa Neide (PT-MT) e Alice Portugal (PCdoB-BA), será realizada no plenário 10, a partir das 9 horas.

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros:
- o representante do Ministério da Educação Fernando Whirtiman;
- um representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed);
- a diretora executiva do Instituto Sonho Grande, Ana Paula Pereira;
- o diretor do Erem Ginásio Pernambucano, escola referência no estado e precursora do modelo EMI, Paulo Bruno;
- a professora de Projeto de Vida, um dos principais pilares do modelo EMI, Adriana Tárcia de Souza Oliveira;
- a representante da Fundação Getúlio Vargas Cláudia Costin.

Os interessados poderão acompanhar o debate, ao vivo, pelo portal e-Democracia, inclusive, enviando perguntas, críticas e sugestões aos convidados.

Da Redação - ND

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