Relatora destaca que detentas e alunas não têm acesso a absorventes femininos
26/08/2021 - 14:16 • Atualizado em 26/08/2021 - 17:02
Relatora da proposta que garante a distribuição gratuita de absorventes para alunas de escola pública e mulheres de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, a deputada Jaqueline Cassol (PP-RO) destacou que a falta de absorvente é causa da evasão escolar durante o período menstrual e também um problema de saúde pública.
“Infelizmente, existem desigualdades sociais, e muitas mulheres ainda recorrem a panos velhos, papel higiênico, miolo de pão e, pasmem, plástico, tornando isso um problema de saúde pública”, disse.
Jaqueline Cassol destacou que o tema é um tabu, mas impacta a vida de pelo menos 5,8 milhões de brasileiras e, portanto, a proposta foca em meninas e mulheres de baixa renda matriculadas em escolas públicas, mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social e detentas.
“Gostaríamos de atender a todas as mulheres inscritas no Cadastro Único, mas o orçamento neste momento não seria suficiente", lamentou a deputada.
Por isso, ela explicou que optou por priorizar esse grupo de mulheres, "já que estudos mostram que uma em cada quatro jovens já deixou de ir à escola por não ter como comprar absorvente; que mulheres vítimas de violência recolhidas em abrigos não têm meios financeiros para comprar os absorventes; e que as reclusas em penitenciária sequer têm acesso à quantidade necessária".
"Todas as mulheres ao menos uma vez na vida irão menstruar e, se temos meios de garantir a dignidade de brasileiras, esse é o nosso dever”, disse Jaqueline Cassol.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Natalia Doederlein