Saúde

Secretário de Saúde de MG alerta sobre necessidade de mais vacinas no estado

Ministério da Saúde espera que novas doses da Coronavac sejam entregues na primeira quinzena de junho

24/05/2021 - 23:11  

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Medidas de enfrentamento à pandemia de COVID-19 em Minas Gerais. Secretário de Estado de Saúde, do estado de Minas Gerais, Fábio Bacchereti Vitor
Fábio Bacchereti (no telão) em audiência da Comissão de Seguridade

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacchereti, disse nesta segunda-feira (24) que o estado ainda aguarda mais de 30 mil segundas doses (d2) da vacina Coronavac para continuar o calendário de vacinação. Ao participar de reunião virtual da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, ele destacou que, apesar de todos os esforços, também existem problemas logísticos na vacinação, principalmente nos pequenos municípios.

“A gente pediu apenas 8.200 d2 de Coronavac no último documento, mas novos pedidos foram feitos por diversos municípios no decorrer da semana, são 32.630 d2 de Coronavac que estão faltando no estado, a cada dia foi aumentando”, relatou.

Também na audiência, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que os insumos para a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan devem chegar nesta semana, permitindo a retomada da produção e o abastecimento dos postos de saúde na primeira quinzena de junho.

Rodrigo Cruz afirmou que o ministério está empenhado na antecipação do recebimento das doses de vacina contra a Covid-19 e, até o final do ano, toda a população com mais de 18 anos deve ter recebido pelo menos uma dose da vacina.

“Já existe uma sinalização para o segundo semestre um pouco mais concreta, o que nos permite fazer essa previsão de imunizar, pelo menos com a primeira dose, a totalidade desses 170 ou 180 milhões que hoje têm mais de 18 anos até o final do ano”, declarou.

Ação coordenada
Fábio Bacchereti afirmou que, apesar da queda nos números de infectados e mortos por Covid-19, a doença ainda requer uma atenção coordenada de todos os agentes de saúde, principalmente para garantir que não haja falta de medicamentos, oxigênio ou leitos nos hospitais do estado.

O representante da vigilância epidemiológica de Covid-19 na audiência, Felipe Cotrim, afirmou que os dados coletados pelas secretarias de Saúde mostram que a letalidade em Minas Gerais é um pouco menor que no restante do País, mas apesar da tendência de queda, os números ainda são altos.

Já o deputado Dr. Frederico (Patriota-MG) destacou a importância de uma ação conjunta para o enfrentamento da Covid-19. “Sabemos que, sem dados, sem números, qualquer estratégia para ser traçada tem maior risco de falha. Então esse trabalho é fundamental, e a gente deseja ver essas curvas caindo muito, é isso que a gente mais deseja, sabemos que o empenho e a união de todos estão muito fortes para que isso aconteça”, afirmou.

A representante do Programa Nacional de Imunizações Caroline Alves destacou que, mesmo com o empenho para garantia de vacinação, é preciso que as medidas sanitárias sejam mantidas, como forma de diminuir a propagação do vírus no País.

Gastos na pandemia
O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais, Eduardo Luiz da Silva, destacou que foram criados fóruns permanentes de discussão de enfrentamento à Covid, inclusive em relação aos gastos de enfrentamento à pandemia.

“A partir da necessidade de orientação dos municípios, nós criamos alguns fóruns e notas técnicas importantes de orientação para que os municípios pudessem contratar serviços e fazer uso dos recursos financeiros da Covid com segurança jurídica”, explicou.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Pierre Triboli

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