Economia

Projeto estabelece regras para cancelamento de contratos com academias e personal trainers

Valores pagos poderão ser transformados em crédito para uso do serviço ou reembolsado após o estado de calamidade pública, parcelado em doze meses

30/07/2020 - 11:02  

Dep. Greyce Elias
Greyce Elias: "Poucos setores sofreram tanto com a pandemia do coronavírus quanto o mercado de academias de ginástica"

O Projeto de Lei 3985/20 estabelece que, em caso de cancelamento de contratos com academias de ginástica ou personal trainers, durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de Covid-19, o prestador de serviços poderá reembolsar os valores pagos e não usufruídos disponibilizando um crédito para uso dos serviços, no prazo de até 12 meses.

Conforme o projeto, havendo recusa do consumidor, ou na impossibilidade de ser assegurado o crédito, o prestador de serviços deverá restituir o valor recebido, corrigido e parcelado em até 12 meses. O prazo de devolução inicia-se na data de encerramento do estado de calamidade pública.

Ainda segundo o texto, o cancelamento contratual não sujeita o consumidor a responder por danos morais, pagar multas ou outras penalidades contratuais. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, é autoria da deputada Greyce Elias (Avante-MG).

“Poucos setores sofreram tanto com a pandemia do coronavírus quanto o mercado de academias de ginástica”, disse a deputada Greyce Elias. “Se as academias não têm capital de giro e recebem apenas mensalidades que não estão sendo pagas, fica mais difícil contornar qualquer crise.”

Ela afirma que o projeto é inspirado na Medida Provisória 948/20, aprovada pela Câmara dos Deputados, que traz regras para o cancelamento e a remarcação de serviços nos setores de turismo e cultura.

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Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon

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