Economia

Deputados apoiam decisão do governo de excluir Eletropar do programa de desestatização

Retirada da empresa de participações da Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização foi divulgada na semana passado pelo Executivo

08/04/2020 - 16:20  

Fernando C. Vieira/Grupo CCEE
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Líderes partidários destacam papel estratégico da Eletrobras e de suas subsidiárias

Parlamentares de diferentes partidos afirmaram concordar com a decisão do governo de excluir a Eletropar, subsidiária da Eletrobras com participações em empresas, do Programa Nacional de Desestatização (PND). Um decreto nesse sentido foi editado na semana passada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

A ideia de privatizar a Eletropar ganhou força durante o governo Michel Temer, mas sempre foi uma questão polêmica.

Vice-líder da oposição, o deputado Aliel Machado (PSB-PR) disse que a privatização não traria eficiência e lucro ao Brasil. "Espero que essa decisão do Executivo não esteja acontecendo apenas por causa da pandemia de Covid-19. A Eletrobras é de todos os brasileiros e deve cumprir um papel estratégico na economia"

Machado acrescentou que poucos países dispõem de tantas fontes hidráulicas para a energia como o Brasil e argumentou que as experiências anteriores de privatização no setor elétrico deram errado.

Discussão futura
A divergência em relação à privatização da Eletrobras e suas subsidiárias deve ficar para um segundo momento, na visão do deputado Claudio Cajado (PP-BA), vice-líder do governo no Congresso.

"Quando passarmos desse combate à pandemia, poderemos conversar com mais amplitude. A não privatização trará impactos no Orçamento, que previa essa receita, porém tudo deve ser feito a seu tempo", comentou. "E o instante agora é de combate ao coronavírus."

Eletropar
A Eletropar concentra participações da Eletrobras em empresas, como a transmissora de energia paulista Cteep; a geradora Emae - esta controlada pelo governo de São Paulo -; a EDP Energias do Brasil e a Light.

Segundo o governo, a retirada da Eletropar do Programa Nacional de Desestatização ocorreu para que a companhia tenha condições de contribuir com os negócios das empresas. A manutenção no programa a impedia de praticar diversos atos de gestão.

Reportagem - Luiz Cláudio Canuto
Edição - Marcelo Oliveira

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