Política e Administração Pública

Conselho de Ética instaura processo contra Carlos Jordy

Processo contra a deputada Maria do Rosário foi arquivado nesta terça-feira (1º)

01/10/2019 - 19:04  

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou nesta terça-feira (1º) processo referente à representação do PT contra o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ).

De acordo com a legenda, Jordy quebrou o decoro parlamentar durante sessão do Plenário, em 27 de agosto, quando disse que "PT não é Partido dos Trabalhadores, não. É Partido dos Traficantes".

Hoje foram sorteados os deputados para compor a listra tríplice, da qual sairá o relator do caso. Os nomes são: Cacá Leão (PP-BA); João Marcelo Souza (MDB-MA); e Túlio Gadelha (PDT-PE). O relator deverá ser definido na próxima reunião do colegiado

Maria do Rosário
Na reunião desta terça, o conselho também determinou o arquivamento de processo contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Em representação, o PSL alegava que a parlamentar teria violado o decoro ao empurrar deputados durante sessão do Plenário em maio que contou com a presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Favorável ao arquivamento do caso, o relator, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), chegou a pedir a aplicação de uma advertência verbal contra Maria do Rosário, mas decidiu acatar a sugestão feita por unanimidade pelos demais deputados do conselho e retirou a punição. "Que fique aqui a mensagem de que precisamos ser mais respeitáveis uns com os outros, porque temos visto nesta Casa comportamentos que às vezes nos envergonham", alertou.

Boca Aberta
Por sua vez, o deputado Boca Aberta (Pros-PR), pronunciou-se nesta terça-feira pela primeira vez no Conselho de Ética sobre as representações movidas contra ele pelo PP.

O partido argumenta que Boca Aberta "adotou procedimento incompatível com o decoro parlamentar ao adentrar ambiente hospitalar sem autorização, desrespeitando funcionários, causando desordem e expondo pessoas em rede social.”

As representações fazem referência a uma gravação em vídeo, feita em março pelo parlamentar no Hospital São Camilo, em Jataizinho (PR), na qual ele mostra o médico plantonista dormindo na sala de descanso dos funcionários.

Boca Aberta disse hoje que não foi intimado formalmente pelo conselho e que impetrou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para "corrigir e sanar vícios cometidos contra ele" nos processos. De acordo com o parlamentar, não foi avisado de desistências de parlamentares nos sorteios das listas tríplices para escolha da relatoria. Pediu ainda a substituição de testemunhas de defesa indicadas por ele.

O presidente do conselho, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), informou que serão ouvidas nos próximos dias 8 e 9 as oito testemunhas arroladas pelo relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP). Afirmou também que o colegiado se manifestará quando for notificado do mandado de segurança impetrado por Boca Aberta.

Da Redação - MO

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