CCJ aprova acesso gratuito de estudantes a informações em instituições de ensino
Projeto impede cobrança por histórico escolar, certificado de conclusão de curso, grade curricular e atestados
15/08/2019 - 17:47
Escolas podem ser impedidas de cobrar alunos por informações e documentos.
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou nesta quinta-feira (15) projeto de lei que garante acesso gratuito do estudante a todas as informações produzidas sobre ele pela instituição de ensino (PL 10156/18).
Maria do Rosário, relatora: mesmo com dívida, estudante tem direito às informações de sua vida acadêmicaO projeto determina que as escolas não poderão cobrar pelo fornecimento de documentos impressos referentes ao vínculo do estudante com a instituição de ensino, como histórico escolar, certificados de conclusão de curso, grade curricular e atestados.
O autor, deputado Ivan Valente (Psol-SP), acredita que a proposta representa um avanço nas relações entre alunos e instituições de ensino.
“É uma exigência da liberdade dos estudantes, porque as instituições de ensino geralmente cobram por isso e protelam essas propostas. É um projeto que ajuda muito na transparência”.
A relatora do projeto, deputada Maria do Rosário (PT-RS), explica que a educação também foi contemplada pela lei de acesso à informação, mas uma lei específica deixará mais claro o direito dos alunos.
"Independentemente de o aluno pagar ou não uma mensalidade ou ter qualquer dívida, ele tem direito às informações que dizem respeito a sua vida acadêmica", destacou.
Os dados devem ser entregues ao estudante no prazo de 48 horas a partir da solicitação. O projeto também determina que as instituições de ensino devem fornecer aos alunos o acesso gratuito às informações, por meio da internet.
Além disso, caso o estudante, os pais ou o responsável solicitem, a instituição deve encaminhar eletronicamente esses dados para outras escolas ou faculdades.
A proposta que proíbe as instituições de ensino de cobrar por informações dos alunos, do ensino básico à universidade, está aprovada pela Câmara, e deve ser analisada pelo Senado, a não ser que haja recurso para votação em Plenário.
Reportagem - Naum Giló
Edição - Geórgia Moraes