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Em sessão solene, Câmara homenageia os 200 anos do fundador da fé Bahá’í

01/12/2017 - 17:49  

Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
Homenagem ao bicentenário do nascimento de Bahá’U Lláh
Deputados ressaltaram os ensinamentos deixados pelo homenageado, como a necessidade de eliminação dos preconceitos de raça, gênero e classe

A Câmara dos Deputados realizou sessão solene em homenagem ao bicentenário do nascimento de Baha’u’lláh, nascido no Irã, em 1817. O profeta foi fundador da fé Bahá’í, considerada uma das maiores religiões mundiais.

A homenagem foi solicitada pelos deputados Luiz Couto (PT-PB) e Erika Kokay (PT-DF).

Para as deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), a homenagem serve como reflexão dos ensinamentos deixados por Baha’u’lláh e que ainda estão presentes na sociedade.

“Precisamos refletir sobre a intolerância religiosa no Brasil. Devemos aceitar todas as formas de religiosidade e da diversidade humana. Para o profeta, fomos criados da mesma substância e, por isso, devemos ter a mesma alma, habitando na mesma Terra”, afirmou Maria do Rosário.

“Apesar do esforço dos movimentos feministas, ainda existem desafios a serem enfrentados, como a violência contra a mulher, seja física ou psicológica. Não existe diferença entre os gêneros e isso está presente nos dias atuais. Nosso País precisa da fé Bahá’í para que o respeito seja permanente”, acrescentou Rezende, em referência a um dos ensinamentos sobre igualdade.

Luiz Couto ressaltou o alcance da influência de Baha’u’lláh. “Após 200 anos do nascimento de um ser excepcional para a humanidade, os seus mais de 60 mil seguidores influenciam poderosamente a população brasileira. As ações da comunidade Bahá’í se estendem por todo o mundo. É o segundo grupo religioso mais espalhado no mundo depois do Cristianismo”, afirmou.

Fraternidade
Em mensagem enviada ao Plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destacou alguns mandamentos deixados pelo homenageado, como a eliminação dos preconceitos de raça, gênero e classe. “É importante lembrar que seu objetivo ia além de alianças políticas e comerciais, visando fraternidade entre todas as religiões e etnias por meio da espiritualização do caráter humano”, disse.

“A religião fundada por ele prega a possibilidade do melhoramento individual e social em direção à cooperação e ao aperfeiçoamento da humanidade”, finalizou Maia.

Reportagem – Carolina Rabelo
Edição – Pierre Triboli

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