Política e Administração Pública

Congresso cria CPMI para investigar operações do BNDES com grupo JBS

Comissão de deputados e senadores também vai investigar delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que envolve denúncias contra o presidente Michel Temer. Partidos não têm prazo para indicar parlamentares para o colegiado

30/05/2017 - 23:42   •   Atualizado em 30/05/2017 - 23:52

Foi lido nesta terça-feira (30), em sessão do Congresso Nacional, requerimento para criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar denúncias de irregularidades envolvendo o grupo J&F, dono do frigorífico JBS e outras empresas, e operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A comissão também vai investigar os procedimentos do acordo de delação premiada celebrado entre o Ministério Público Federal e os irmãos Joesley e Wesley Batista.

No total, 174 deputados e 30 senadores assinaram o pedido. Para uma CPMI ser criada, é necessário o apoio de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Depois da leitura em reunião conjunta de deputados e senadores, cabe ao presidente do Senado e do Congresso, Eunício Oliveira, enviar ofício aos líderes partidários para a indicação dos integrantes do colegiado. Não há prazo para a CPMI começar a funcionar.

“Queremos investigar contratos do BNDES e empréstimos realizados. Além disso, vamos investigar a colaboração premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista”, afirmou o deputado Alexandre Baldy (Pode-GO), um dos autores do requerimento.

Os irmãos Batista fizeram um acordo com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo ministro Edson Fachin, responsável no Supremo Tribunal Federal pela Operação Lava Jato. Com base na delação, Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o presidente da República, Michel Temer.

As suspeitas são de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça. Temer nega as acusações.

Da Redação - RM
Com informações da Agência Senado

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