Política e Administração Pública

Testemunha de defesa considera injusta eventual punição a Jean Wyllys

06/12/2016 - 15:52  

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A deputada Maria do Rosário (PT-RS) prestou depoimento há pouco, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, como testemunha de defesa no processo em que a Mesa Diretora da Câmara acusa o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) de quebra do decoro parlamentar por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em abril. Rosário é a última testemunha indicada pela defesa de Wyllys e classificou de “injusta” qualquer eventual punição ao deputado do Psol.

Rosário ressaltou que Wyllys é o único deputado que se apresenta como homossexual, “representativo de uma parte da sociedade vítima de desrespeito”. No exercício da atividade parlamentar, ela afirmou já ter presenciado atos de “desrespeito e chacota”, além de “palavras inadequadas” dirigidas por Bolsonaro contra Wyllys. Para Maria do Rosário, o cuspe foi uma “reação momentânea, limite”.

“Wyllys não deve ser punido porque seria uma punição a mais diante da que já ele vem tendo no exercício de seu mandato, quando o desrespeitam, o desmerecem. É preciso ter muita força diante das discriminações para exercer o seu mandato. Seria injusto puni-lo por uma reação imediata”, afirmou a deputada, que também lembrou de confrontos pessoais que teve com Bolsonaro e a levaram a processá-lo na Justiça.

Ainda hoje o conselho vai ouvir o depoimento do próprio Jean Wyllys.

Bessa
O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), designou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como relator do processo em que o PSB acusa o deputado Laerte Bessa (PR-DF) de ferir o decoro parlamentar ao usar palavrões para criticar o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB.

O processo contra Bessa foi instaurado no dia 23 de novembro. Marun foi escolhido por Araújo a partir de uma lista tríplice sorteada naquele mesmo dia e da qual também constavam os deputados Alberto Filho (PMDB-MA) e Marcelo Aro (PHS-MG).

A reunião do Conselho de Ética ocorre no plenário 11.

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Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição - Marcelo Oliveira

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