Política e Administração Pública

Deputado diz que Wyllys reagiu às provocações homofóbicas de Bolsonaro

17/11/2016 - 11:26  

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) defendeu, há pouco, que o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) apenas reagiu às provocações homofóbicas ao cuspir na direção do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O episódio ocorreu em 17 de abril, no Plenário da Câmara, durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Braga foi ouvido no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar como testemunha da Representação 11/16, contra Wyllys. A oitiva foi pedida pela defesa de Wyllys. Braga disse ainda que não houve premeditação de Wyllys. “O que aconteceu foi uma reação às agressões que sofreu”, afirmou.

Braga acrescentou que as provocações por parte de Bolsonaro são permanentes, não se resumindo àquele dia. “Eu já presenciei essas agressões diversas vezes. Nas comissões, o deputado Jair Bolsonaro fica fazendo provocações recorrentes fora do microfone”, disse. Segundo ele, são provocações homofóbicas e de caráter discriminatório. Ainda conforme Braga, Wyllys tem reagido a essas provocações se retirando das comissões.

Mais cedo, o ex-corregedor da Câmara Carlos Manato (SD-ES) disse que Wyllys feriu o decoro parlamentar ao cuspir na direção de Jair Bolsonaro e defendeu, como sanção, a suspensão do parlamentar de um a seis meses. O deputado Afonso Florence (PT-BA), também arrolado como testemunha da defesa, não pode comparecer nesta quinta-feira (17), e sua oitiva será remarcada.

A reunião já foi encerrada.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Marcia Becker

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