Depoimento de Dilma Rousseff no Senado repercute durante sessão da Câmara
29/08/2016 - 21:21

O depoimento da presidente Dilma Rousseff, no julgamento do impeachment pelo Senado, contaminou os debates das medidas provisórias em análise pelo Plenário da Câmara dos Deputados. Dilma Rousseff compareceu nesta segunda-feira ao Senado para se defender de crime de responsabilidade fiscal. Desde o início, o julgamento foi acompanhado de perto por deputados.
Os partidários da presidente Dilma Rousseff na Câmara passaram a obstruir a sessão em protesto contra o julgamento do impeachment. O depoimento da presidente afastada também é tema das falas de líderes da oposição e de governo.
O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), disse que Dilma usou argumentos técnicos para vencer as acusações a ela imputadas. “Num pronunciamento límpido do ponto de vista técnico, a presidenta demonstrou que não há crime de responsabilidade e do ponto de vista politico elencou motivos que levaram setores da elite e da mídia para apoiar o golpe”, disse.
Já o líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), afirmou que o impeachment é a ferramenta usada para colocar em vigor um programa de governo rejeitado pelas urnas em 2014. “O que se debate hoje no Senado não é só o golpe contra a presidente legitimamente eleita, mas um golpe contra a Constituição brasileira”, denunciou.
O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) rebateu as críticas. Ele defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff e negou que haja golpe em curso. “Os partidários de Dilma sofrem de amnésia, esquecem o que fizeram com o Brasil. Temos índices alarmantes de desempregados, crise econômica, a corrupção tomou conta do País e ainda querem continuar no poder”, afirmou.
Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) disse que Dilma deveria ter renunciado. “O que vemos é um espetáculo de horror de uma governante e de um partido apegados ao poder como se fosse uma monarquia, como se fosse o Império”, condenou.
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Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Alexandre Pôrto