Política e Administração Pública

CPI do Carf terá mais 15 dias para concluir os trabalhos

O prazo foi autorizado pelo presidente em exercício Waldir Maranhão e ainda precisa ser votado pelo Plenário

23/06/2016 - 13:02  

O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, prorrogou, por 15 dias, o prazo de funcionamento da CPI do Carf, criada para investigar casos de compra de medidas provisórias (MPs) que beneficiaram o setor automobilístico e corrupção em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão o Ministério da Fazenda encarregado de julgar recursos de empresas autuadas pela Receita Federal.

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Pedro Fernandes
Fernades pediu prorrogação por 60 dias, devido ao grande número de pessoas envolvidas nas denúncias

O prazo original de funcionamento da CPI acabaria em 2 de julho. Na decisão, Waldir Maranhão aponta que a prorrogação é exclusivamente para que a CPI discuta e vote o relatório final, que será apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA).

O presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), tinha pedido prorrogação por 60 dias.

“Apesar de todos os esforços deste presidente, do relator e dos demais membros do colegiado para que a comissão possa concluir seus trabalhos no prazo de 120 dias, constatamos que o grande número de pessoas envolvidas nas denúncias requer mais tempo para que seja realizada uma análise minuciosa das informações e para que possamos aprofundar as investigações”, alegou o presidente da CPI.

Nas últimas semanas, os trabalhos da comissão sofreram críticas de seus próprios integrantes diante das dificuldades para a aprovação de requerimentos de convocação de suspeitos de envolvimento, em especial de empresários, e em razão do comparecimento de depoentes que usaram o direito constitucional de permanecer calados e não responderam as perguntas.

O prazo da CPI foi prorrogado e precisa ainda ser referendado pelo Plenário da Câmara.

Reportagem - Antonio Vital
Edição - Marcia Becker

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.