Delação do ex-diretor da Transpetro repercute na Câmara
16/06/2016 - 18:19
As declarações do ex-senador e ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, de que o presidente interino da República, Michel Temer, teria negociado o repasse de R$ 1,5 milhão de reais de propina para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB, repercutiram na Câmara dos Deputados.
Para o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), as denúncias de Sérgio Machado não conseguirão desestabilizar o governo de Michel Temer. "Entendo que estas declarações não irão desestabilizar politicamente o presidente aqui na Câmara dos Deputados. Acredito que as medidas que estão sendo tomadas serão votadas e vamos aprovar para o bem do Brasil", disse.
Já o vice-líder do PT, deputado Givaldo Vieira (ES), discorda e diz que o governo Temer não tem condições de comandar o país. Segundo o deputado, apesar de se dizer indignado com as acusações, Temer não chegou a negar as declarações de Sérgio Machado. “Portanto, eu vou usar as próprias palavras dele. Ele não pode continuar presidente por causa disso que está revelado e porque não é um governo legítimo e não há e nem haverá nenhuma harmonia entre Poder Executivo e Legislativo neste ambiente de golpe que o presidente interino e provisório Temer tem liderado”, declarou.
Defesa
Temer afirmou, nesta quinta-feira (16), que, se tivesse cometido algum delito, não teria condições de presidir o país. "Eu falo com palavras indignadas, mas ao meu estilo, para registrar, mais uma vez, que esta leviandade não pode prevalecer. Alguém que teria cometido aquele delito irresponsável que o cidadão Machado apontou não teria até condições de presidir o país."
O presidente interino também disse que, neste momento em que seu governo busca uma harmonia no país, inclusive entre Legislativo e Executivo, nada impedirá que ele siga seu trabalho.
Reportagem - Ana Raquel Macedo
Edição - Mônica Thaty