Governo poderá ajudar setor metalúrgico a superar crise, diz presidente da Usiminas
26/11/2015 - 15:36
O presidente da companhia Usiminas, Rômel Erwin de Souza, afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, que o setor metalúrgico, por meio do Instituto Aço Brasil, está negociando desde o início do ano com o governo medidas para reduzir o impacto da crise econômica, principalmente incentivos à exportação e barreiras econômicas ao aço produzido na China.
“O mercado externo é a saída porque o mercado interno desabou”, afirmou Souza, ao responder a uma pergunta do deputado Miguel Haddad (PSDB-SP).
“Se essas medidas tivessem sido adotadas antes, as demissões poderiam ter sido evitadas?” perguntou o deputado. “Poderia melhorar um pouco, atenuar, mas não resolveria o problema”, respondeu o executivo.
Souza e o presidente do conselho de administração da Usiminas, Marcelo Gasparino da Silva, foram convocados a pedido do deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), que questiona a destinação de empréstimos, no valor total de R$ 2,3 bilhões, concedidos pelo BNDES à siderúrgica em 2006 e em 2011.
Segundo o deputado, o financiamento não impediu que a empresa anunciasse a paralisação da produção, com demissões.
O presidente da Usiminas disse que a paralisação da unidade de produção de aço em Cubatão (SP) foi a saída encontrada para minimizar os prejuízos da empresa. Segundo ele, a produção tem de parar porque o custo de estocar o aço é muito alto.
Reportagem – Antonio Vital
Edição – João Pitella Junior