Gestores afirmam que Rio 2016 será disputada em “ambiente pacífico e seguro”
15/09/2015 - 22:47
Responsáveis pela segurança das Olimpíadas e Paralimpíadas do próximo ano disseram, na Câmara dos Deputados, que os Jogos Rio 2016 serão disputados em "ambiente pacífico e seguro". O tema foi debatido, nesta terça-feira (15), em audiência pública da Comissão do Esporte com a cúpula da segurança pública para os eventos esportivos.
Quase 50 mil agentes – entre policiais federais, civis e militares, além de bombeiros – estarão mobilizados na proteção dos atletas de mais de 200 países, além de turistas, voluntários e profissionais diretamente envolvidos com a competição.

O secretário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, enfatizou que o trabalho é integrado e cumpre rigorosamente o cronograma planejado. A base está nos centros integrados de controle e comando, já usados na Copa do Mundo de 2014.
"A estrutura está posta. Investimentos em equipamentos e capacitação são realizados pelos três níveis de governo. E, com isso, vamos chegar a uma operação integrada de segurança pública, trazendo, efetivamente, um ambiente pacífico e seguro para os jogos", afirmou Rodrigues.
O esquema de segurança vem sendo previamente avaliado ao longo dos 44 eventos-teste que vão acontecer até as vésperas das Olimpíadas, que começam em agosto de 2016. E abrange, além do Rio, as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus, que vão sediar competições do futebol.
Abin
O diretor do departamento de integração da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo da Cunha, listou algumas das áreas que merecem atenção especial da instituição. Ele que a agência está acompanhando eventuais possibilidades de atos de sabotagem ou ações terroristas, além do risco de epidemias no campo da saúde. “Também estamos preparados para mobilizações sociais que possam afetar a operação do evento, como distúrbios e bloqueios de rua", acrescentou.
Turismo sexual
O presidente da comissão, deputado Márcio Marinho (PRB-BA), pediu atenção e estratégias para o combate ao trabalho infantil e ao turismo sexual durante os Jogos. O parlamentar também manifestou preocupação quanto à segurança de turistas nos hotéis, transportes urbanos e áreas violentas da cidade.

Ex-diretor geral da Polícia Federal, o atual diretor de segurança do comitê organizador dos Jogos Rio 2016, Luiz Fernando Corrêa, informou que o desafio é garantir o mesmo nível de segurança em todos os espaços de competição.
Já o representante da secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Alzir Chaves, citou investimentos de R$ 772 milhões, entre 2011 e 2015, para viabilizar a ideia de que "cidade segura equivale a evento seguro".
Legado
Um dos autores do pedido de audiência pública, o deputado João Derly (PCdoB-RS) também pediu atenção para que esse investimento deixe um legado de segurança efetivo para a população. "Tivemos uma Copa do Mundo há pouco tempo no Brasil. Avançamos em algumas tecnologias e no plano integrado de segurança, mas esse legado poderia ter sido bem mais proveitoso", comparou.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira