Política e Administração Pública

Câmara esclarece quais foram os dados de informática passados ao MPF durante diligência em maio

20/08/2015 - 12:30   •   Atualizado em 20/08/2015 - 12:59

O diretor-geral da Câmara dos Deputados, Romulo de Sousa Mesquita, e o diretor do Centro de Informática (Cenin) da Casa, Guilherme Brügger D´Amato, emitiram nesta quinta-feira (20) certidão esclarecendo quais foram os dados de informática disponibilizados pela Câmara ao Ministério Público Federal, em diligência em maio relacionada à operação Lava Jato e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.

De acordo com a certidão, durante a diligência foram restaurados e disponibilizados, a partir de cópia de segurança, dados de login (data, hora e máquina) de todos os usuários de computadores da Câmara. Isso incluiu todos os deputados, servidores efetivos, secretários parlamentares (funcionários de confiança contratados pelos deputados), ocupantes de cargos de natureza especial (CNEs), funcionários terceirizados e estagiários.

Em seguida, de acordo com a certidão, foi realizada pesquisa em todos esses dados para extrair somente os registros dos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Solange Almeida (PMDB-RJ). Esses registros eram relativos a 2011, época em que Solange ainda era deputada. O resultado do processamento, que continha apenas os dados solicitados, foi gravado em CD e entregue à equipe de diligência. Uma cópia ficou na Câmara.

A certidão foi emitida por ordem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para rebater manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

De acordo com Eduardo Cunha, que conversou com a imprensa na manhã desta quinta-feira no Salão Verde, a certidão emitida pelo Cenin e pela diretoria-geral “fala por si só”.

O presidente disse ter sido informado de que o MPF teve acesso aos dados de todos os deputados, o que não quer dizer que foram coletados os dados de todos eles. Cunha disse também que a Procuradoria não precisaria ter vindo à Câmara, pois bastaria uma notificação e a Câmara teria entregado os dados, sem interferência. “O que foi copiado e o que levaram daqui foi o que eles colocaram no processo; não posso falar pelo órgão que coletou.”

Leia a íntegra da certidão da Câmara

Da Redação

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.