Política e Administração Pública

Cunha contesta no STF suspensão da votação das contas presidenciais

12/08/2015 - 12:59   •   Atualizado em 12/08/2015 - 19:05

Gustavo Lima - Câmara dos Deputados
Ordem do dia. Presidente da Câmara, dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Eduardo Cunha: eu fiz o meu papel de prestar informações e esclarecer, como eu sempre faço
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, entregou nesta quarta-feira (12) ao ministro Luiz Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), as explicações da Casa contra o mandado de segurança impetrado pela presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que pede a suspensão da votação pela Câmara das contas de governos anteriores.

Segundo Cunha, sua contestação ao mandado tem como base quatro linhas de argumentação:

  • perda do objeto do mandado, pois não há como suspender uma votação que já ocorreu;
  • perda de legitimidade ativa, pois Rose de Freitas não teria legitimidade no âmbito da CMO para cancelar a votação;
  • perda de legitimidade passiva, pois foi o Congresso Nacional que distribuiu para a Câmara a votação das contas presidenciais; e
  • análise de mérito, mostrando que foi irregular esse pedido da senadora.

“Eu fiz o meu papel de prestar informações e esclarecer, como eu faço sempre”, afirmou o presidente da Câmara. Segundo Cunha, o ministro Barroso vai examinar com a brevidade possível o documento apresentado pela Câmara.

Aprovação
A aprovação pelo Plenário da Casa ocorreu na quinta-feira (6). Os deputados aprovaram quatro projetos referentes a contas governamentais de três ex-presidentes: Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006 e 2008). Foram aprovados os Projetos de Decreto Legislativo (PDCs) 384/97; 40/11; 1376/09 e 42/11, respectivamente. A apovação abriu caminho para a votação das contas da presidente Dilma Rousseff.

As contas de Itamar (PDC 384/97) foram aprovadas e promulgadas, pois já haviam sido aprovadas pelo Senado. Já as demais precisam passar pelo crivo dos senadores e foram aprovadas com ressalvas apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Newton Araújo

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