Política e Administração Pública

Líder do PT diz que houve acordo para entregar relatoria da CPI do BNDES ao PR

No início da semana, Sibá Machado afirmara que o partido lutaria para garantir a relatoria das CPIs.

06/08/2015 - 13:07  

O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), confirmou que houve acordo para que a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficasse com o PR. O partido faz parte do bloco formado no início da legislatura junto com PT, PSD e Pros. O deputado José Rocha (PR-BA) foi indicado hoje para a relatoria.

“Para o momento, eu acho melhor fazer um entendimento. E vamos buscar outros espaços que nos reservam nas CPIs. Estamos reivindicando a vice-presidência nas duas atuais”, afirmou. O deputado Carlos Zaratinni (PT-SP) foi eleito 2º vice-presidente da CPI do BNDES.

No início da semana, Sibá Machado afirmara que o partido lutaria para garantir a relatoria das CPIs. Sobre a comissão que investigará os fundos de pensão, Sibá falou que o tema ainda não está em discussão.

Segundo os líderes do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), e do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), nesta segunda-feira (3) à noite, líderes de vários partidos, tanto da base aliada quanto da oposição, estiveram com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e definiram quem deve ficar à frente de cada uma das quatro CPIs que começam os trabalhos neste mês. O PT não participou da reunião.

Saída da liderança
Sibá Machado disse não saber de nenhuma conversa para que ele deixe a liderança do PT. “Ninguém veio falar isso para mim. Se tem alguém falando isso, que se apresente. Se fosse o caso de eu sair e resolver o problema, eu sairia hoje.” Segundo a imprensa, parte da bancada na Câmara estaria criticando uma “inoperância” do líder na escolha das presidências e relatorias das CPIs.

Salário da AGU
Sibá Machado disse que a votação do partido a favor do texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula o salário da Advocacia-Geral da União (AGU) e outras carreiras a 90,25% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma tática de Plenário.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o governo não tem mais comando de iniciativas. “O fato de o partido da presidente criticar o projeto e depois votar favoravelmente a ele mostra o nível de desarrumação a gente vive hoje”, afirmou.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Patricia Roedel

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