Ciência, tecnologia e Comunicações

Associação destaca pioneirismo de pequenos provedores de internet e pede financiamento

04/08/2015 - 19:03  

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a qualidade dos serviços de internet banda larga no Brasil. Gerente-Executivo da Abrint, Helton Rocha Posseti
Helton Rocha: das 2.121 empresas provedoras de internet, 1.928 atuam em um único estado e 1.071, em um único município.

Helton Rocha, representante da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que reúne pequenos provedores de internet no Brasil, destacou que a evolução da cobertura no interior do País se deve muito ao pioneirismo dessas empresas. "Muitos pequenos provedores tiveram papel importante na orientação de como usar o computador dos usuários novos", exemplificou.

Rocha participou de audiência pública para discutir a qualidade da banda larga no Brasil, promovida pela comissão especial da Câmara dos Deputados sobre telecomunicações.

O dirigente informou que das 2.121 empresas provedoras de internet, 1.928 atuam em um único estado e 1.071, em um único município; e que 70% do acesso ocorrem por radiofrequência.

O setor, segundo ele, precisa de financiamento no longo prazo. Eles pedem taxas de 4,4% ao ano, 100% do financiamento do projeto e prazo de 10 anos. "As condições existentes hoje não nos atendem", lamentou.

Consumidor exigente
O coordenador de infraestrutura da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp), João Moura, avalia que o mercado consumidor cada vez mais exigente por novos serviços leva as operadoras a manterem seus planos de investimentos, mesmo com a crise.

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a qualidade dos serviços de internet banda larga no Brasil. Presidente Executivo da Telcomp, João Moura
Moura: o mercado de telecomunicações está muito aquecido. A demanda para mais e novos serviços é intensa e abrangente na sociedade.

"O mercado de telecomunicações está muito aquecido. A demanda para mais e novos serviços é intensa e abrangente na sociedade", disse Moura.

Durante a audiência, ele alertou para a necessidade de que alterações que sejam feitas nos contratos de concessão e no plano de metas de universalização para que seja mantido o ambiente de competitividade e que não sejam criadas barreiras ou empecilhos à expansão das empresas.

Moura também elogiou a Lei Geral das Antenas (13.116/15) que, segundo ele, reduz custos e riscos para ampliação das redes móveis.

Reportagem – Geórgia Moraes
Edição – Regina Céli Assumpção

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