Policiais acusados de escuta clandestina foram ouvidos por CPI em sessão fechada
02/07/2015 - 21:35
Além do empresário Auro Gorentzvaig, a CPI da Petrobras ouviu nesta quinta-feira (2) os depoimentos do delegado José Alberto de Freitas Iegas; e do agente Dalmey Fernando Werlan, ambos da Polícia Federal (PF).
As oitivas dos policiais ocorreram em sessão fechada à imprensa, a pedido dos próprios investigados, que alegaram que o caso está sendo apurado sob sigilo pela Corregedoria da Polícia Federal. Apenas integrantes da comissão, assessores autorizados e taquígrafos da Câmara dos Deputados puderam permanecer no recinto.
Os dois foram convocados a pedido dos deputados Aluisio Mendes (PSDC-MA) e Celso Pansera (PMDB-RJ). Segundo os parlamentares, os policiais estão envolvidos em um caso de escuta clandestina encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef no ano passado.
De acordo com Mendes, o caso das escutas precisa ser investigado para que não haja dúvidas a respeito da legalidade das provas obtidas pela Operação Lava Jato. “Muitas operações da Polícia Federal já foram anuladas por esse motivo e ninguém quer que isso aconteça com a Lava Jato”, justificou.
Insatisfação
Já o deputado Ivan Valente (Psol-SP) não ficou satisfeito com os depoimentos. “Há muita coisa que precisa ser esclarecida. Está claro que há um jogo de poder muito grande dentro da PF no Paraná”, disse.
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), deixou claro que a suspeita sobre o grampo não será usada para questionar a Operação Lava Jato. “Não vamos permitir que a CPI seja usada para isso”, assegurou.
Reportagem – Antonio Vital
Edição – Marcelo Oliveira