Política e Administração Pública

Ministra afirma que mortalidade de jovens negros é desafio para o País

14/05/2015 - 11:28  

Combater a mortalidade da juventude negra brasileira é um dos principais desafios do País na luta contra a desigualdade racial, conforme disse há pouco a ministra da Secretaria da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, na Câmara dos Deputados.

Em comissão geral no Plenário Ulysses Guimarães, a ministra chamou a atenção dos deputados para os homicídios de jovens negros e pobres ocorridos no Brasil e lembrou que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara investiga o problema. “Queremos um enfrentamento da mortalidade da juventude negra brasileira junto com essa Casa, com os movimentos sociais e os demais ministérios”, disse Nilma Lino Gomes.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) ressaltou a importância de a Seppir acompanhar os trabalhos da CPI. Na visão dele, o governo brasileiro tem sido omisso em relação ao problema. “No Brasil, o que se vê é uma tolerância do Estado em relação à violência contra os jovens. Esse é um tema decisivo para que o País possa garantir direitos humanos e a vida do nosso povo. O que se faz hoje no Brasil é um verdadeiro genocídio”, disse o deputado.

Na comissão geral, a ministra fez um histórico da luta contra o racismo no Brasil, incluindo a criação de cotas raciais nos últimos anos, e destacou ações da secretaria. Segundo ela, o órgão tem como prioridade o público negro, mas inclui atenção a outros grupos étnicos raciais que também sofrem racismo, como ciganos, judeus, árabes e indígenas. “Outros grupos podem não ter tanta necessidade como os negros, mas precisam de espaço também.”

A população pode enviar perguntas e fazer comentários sobre a comissão geral pelo Disque-Câmara (0800 619 619) ou em sala de bate-papo do portal e-Democracia.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Daniella Cronemberger

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