Consumidor

Operadoras afirmam que interrupção de dados melhora velocidade da internet

08/04/2015 - 21:53   •   Atualizado em 09/04/2015 - 18:20

Representantes da Claro, da Vivo, da Oi e da TIM defenderam na Câmara o direito de empresas de telefonia interromperem o tráfego de dados dos clientes quando eles atingem o limite da franquia contratada. Eles participaram de audiência pública nesta quarta-feira, na Comissão de Defesa do Consumidor, sobre problemas na prestação de serviços de telefonia.

Os diretores das quatro empresas informaram que os clientes são avisados com antecedência sobre o limite contratado e podem fazer o controle dos dados disponíveis.

Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir os aspectos relativos à prestação dos serviços de telecomunicação no Brasil. Representante da CLARO, Fabiano Andrade
Fabio Andrade: desde que a Claro passou a interromper e não apenas diminuir o fluxo dos dados, reduziu o número de reclamações do usuários.

De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Claro, Fabio Andrade, desde que a empresa passou a interromper e não apenas diminuir o fluxo dos dados, houve uma redução do número de reclamações do usuários, pois o serviço e a velocidade da rede melhoram.

O diretor de Relações Institucionais da Vivo, Enylson Camolesi, disse que a interrupção é feita por uma necessidade técnica, a fim de garantir ao cliente o acesso a um serviço de melhor qualidade.

Por sua vez, o diretor de Relações Institucionais da TIM, Leandro Guerra, declarou que quando a companhia apenas reduzia a velocidade ao atingir o limite contratado acabava prejudicando quem estava com a franquia ativa.

Previsto em contrato
O diretor de Relações Institucionais da Oi, Marcos Augusto Coelho, afirmou que a empresa tem o direito de interromper o tráfego de dados de internet dos telefones celulares após os consumidores atingirem o limite da franquia contratada. Ele explicou que a suspensão dos dados está prevista no contrato assinado entre o cliente e a Oi e não é feita com base em nenhuma resolução da Anatel.

Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir os aspectos relativos à prestação dos serviços de telecomunicação no Brasil. Diretor de Relações Institucionais da Oi, Marcos Augusto Mesquita Coelho
Marcos Augusto: a suspensão dos dados está prevista no contrato assinado entre o cliente e a Oi e não é feita com base em resolução da Anatel.

Marcos Augusto acrescentou que o contrato respeita o Código de Defesa do Consumidor e todas as demais regras do setor.

O diretor reforçou que os planos mensais e semanais da operadora preveem a interrupção do serviço de internet após o término da franquia. Ele citou o aumento da demanda de tráfego de dados como uma das justificativas para suspender o acesso, desde que previsto em contrato. “Nos últimos tempos, aumentou muito a demanda por tráfego de dados. Pelo Whatsapp já é possível enviar vídeos, áudios e fazer ligações”, exemplificou.

Reportagem - Idhelene Macedo
Edição - Regina Céli Assumpção

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