Sócio de empresa suspeita de fraude inicia depoimento na CPMI da Petrobras
27/11/2014 - 10:49
Começou há pouco o depoimento de Marcio Andrade Bonilho, sócio da empresa Sanko-Sider, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Bonilho foi chamado para esclarecer as relações que mantinha com o doleiro Alberto Youssef e com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, ambos presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato.
De acordo com a PF, a Sanko teria efetuado contratos com empresas de fachada de Alberto Youssef, às quais repassaria dinheiro de empreiteiras responsáveis por obras da Petrobras.
A empresa realiza importação de tubos de aço para o setor de óleo e gás e é fornecedora da Petrobras. De acordo com a importadora, só na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, a Sanko forneceu cerca de dez mil toneladas de tubos, aproximadamente 450 quilômetros de extensão, e 200 mil conexões.
Reunião administrativa
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) cobrou uma nova reunião administrativa para a próxima terça-feira (2), a fim de aprovar requerimentos como os da quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário do representante da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil, Julio Faerman, e de duas empresas ligadas a ele (Faercom Energia Ltda. e Oildrive Consultoria em Energia e Petróleo Ltda.). “Temos questões muito graves”, disse.
Essa foi uma das indicações do relatório final do coordenador da comissão externa que investigou denúncias de pagamento de propina nas negociações entre a SBM e a Petrobras, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), lido em reunião realizada ontem.
Segundo o vice-presidente da CPMI, senador Gim (PTB-DF), a reunião administrativa não pode acontecer na terça-feira porque haverá sessão do Congresso para analisar a mudança na meta do superavit primário do governo (PLN 36/14).
A comissão está reunida no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi