Oposição diz que vai cobrar cumprimento de promessas de Dilma
26/10/2014 - 21:33
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse a pouco que, com a vitória de Dilma Rousseff, aumenta a responsabilidade do governo e, ainda mais, da oposição. “Dado o resultado, com estreita margem de votos, isso significa dizer que a desunião do País é a forma com que o governo, o PT e seus aliados atuam dividindo a sociedade brasileira. Nós, da oposição, vamos cumprir com nosso papel para cobrar tudo que foi prometido nessa campanha”, disse Bueno lembrando que quase 49% da população votaram contra a presidente da República.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), também disse que a oposição vai cobrar o cumprimento do programa de governo de Dilma. “Vamos fazer nosso dever de partido de oposição”, afirmou Mendonça Filho.
O deputado pernambucano destacou a disputa acirrada na eleição para presidente e afirmou que o pleito deixou o País dividido. “Foi muito mais apertado do que as pesquisas apontavam”, disse. Segundo ele, o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, teve um desempenho “excepcional enfrentando uma campanha sórdida, de mentiras”.
Conselhos populares
Já antecipando os próximos passos da oposição, Rubens Bueno disse que o primeiro embate será a votação do projeto dos conselhos populares (PDC 1491/14). A proposta, que aguarda votação no Plenário, pretende anular a Política Nacional de Participação Social, criada em maio pela presidente Dilma Rousseff por meio do decreto federal (8.243/14) e, desde então, alvo de críticas da oposição e de deputados da própria base do governo.
O decreto permite que a sociedade influencie a tomada de decisões do Poder Executivo e obriga órgãos públicos a considerar as decisões de instâncias de participação social, como por exemplo conselhos populares, para a formulação, execução, monitoramento e avaliação de programas e políticas públicas.
“Esse decreto tem que passar pelo Congresso Nacional como projeto de lei num grande debate da sociedade brasileira e não aparelhar o estado brasileiro atendendo aquilo que o PT e seu governo defendem.”
Da Redação - ND