Para relator, denúncias de ex-contadora de Youssef têm fundamento
14/10/2014 - 19:45
O relator do processo contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA), deputado Marcos Rogério (PDT-RO), sustentou hoje no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que as denúncias da ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, têm credibilidade. Poza admitiu na última quarta-feira (8), em depoimento à CPMI da Petrobras, que emitiu mais de R$ 7 milhões em notas frias a pedido de Youssef e que, desse valor, R$ 1 milhão teria ido para a empresa Grande Moinho Cearense, a pedido de Argôlo.
Para Rogério, “está claro que a relação não se restringia a negócios privados”.
Licitações
Ainda conforme o relatório, Argôlo chamou Youssef para atuar e retirar duas empresas de um processo licitatório na cidade de Fortaleza. As conversas interceptadas entre o deputado e o doleiro sobre esse assunto, ressaltou o relator, foram permeadas por cobranças relacionadas a um depósito no valor de R$ 400 mil para a empresa Bombaim.
Na conversa, de acordo com Marcos Rogério, Argôlo falou que a saída das empresas “é essencial para que o resultado não atrapalhe a vida dos dois”.
Em seu depoimento ao Conselho de Ética, Luiz Argôlo negou ter negócios fora da Bahia.
Bethlem
Com relação ao processo contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), acusado de desvio de recursos enquanto ocupava a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro, a votação do parecer preliminar do relator, deputado Paulo Freire (PR-SP), foi marcada para o próximo dia 22.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição - Marcelo Oliveira