Ministro apresenta ações do governo para combater secas e enchentes
09/04/2014 - 14:12

O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, disse, nesta quarta-feira, que o Nordeste vive hoje uma das maiores secas da história. Atualmente, 765 municípios estão em estado de emergência, afetando 15 milhões de habitantes.
Como medida emergencial, o governo federal promove, por meio da atuação do Exército, a Operação Carro-pipa, que atende mais de 4 milhões de habitantes. Teixeira, que participou de audiência na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, acrescentou que o governo poderá aportar mais recursos nos estados, para as operações locais de carro-pipa, para complementar a operação nacional.
Teixeira informou ainda que o ministério também desenvolve o Programa Água para Todos, para levar água aos moradores da área rural. A meta é construir 750 mil cisternas. “Mais de 524 mil cisternas já foram construídas”, afirmou. O restante será feito este ano ainda, segundo o ministro.
Enchente
Alguns deputados, como o líder do PSD, Moreira Mendes (RO), Marinha Raupp (PMDB-RO) e Nilson Leitão (PSDB-MT), questionaram o ministro sobre as ações do governo no enfrentamento da enchente do rio Madeira, na região Norte. Estão sendo afetados municípios dos estados do Acre, do Amazonas, do Tocantins, do Mato Grosso, do Pará e de Rondônia, sendo que neste estado foi decretado estado de calamidade pública.

Mendes disse que se preocupa com o pós-enchente, especialmente com a saúde pública e com a infraestrutura. “Aí sim vamos ver o tamanho do desastre”, afirmou.
Segundo o ministro, o governo está socorrendo os afetados pela enchente em diferentes frentes. Ele informou que a Defesa Civil aportou recursos demandados pelas defesas civis estaduais e municipais e que aeronaves da Força Aérea estão garantindo que os estados não fiquem sem abastecimento dos bens mínimos de sobrevivência. Além disso, a força nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) trabalha na prevenção de possíveis epidemias.
Quanto à reconstrução dos estados afetados, o ministro afirmou que ainda será preciso avaliar o que precisar ser reconstruído e reestruturado, o que só poderá ser feito “após a água abaixar”. Conforme Teixeira, o maior instrumento de reconstrução deverá ser o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein