Política e Administração Pública

Debate sobre denúncias contra ministérios provoca acirramento de ânimos

26/03/2014 - 23:41  

Embates políticos e ideológicos entre deputados governistas e de oposição fizeram com que os ânimos se acirrassem várias vezes durante as mais de cinco horas de duração da audiência pública.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados convocou os ministros do Trabalho, Manoel Dias; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; e da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage; para dar esclarecimentos aos deputados sobre irregularidades em contratos com organizações não-governamentais (ONGs).

A primeira vez foi quando o líder do Democratas, deputado Mendonça Filho (PE), questionou os ministros sobre os motivos da demissão do ex-diretor BR Distribuidora Nestor Cerveró. Há suspeitas de que ele tenha cometido irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Estados Unidos, pela Petrobras em 2006.

Mendonça Filho perguntou aos ministros se Cerveró havia sido afastado por incompetência ou por ato de corrupção e por que ele só tinha sido demitido sete anos depois do fato.

O parlamentar também indagou aos ministros sobre o que achavam do prejuízo de 1,1 bilhão de dólares da Petrobras por causa da compra da refinaria em Pasadena.

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), interveio e citou o Regimento Interno da Casa para dizer aos ministros que não precisariam responder às perguntas, pois não tinham relação com o requerimento que motivou a vinda deles ao colegiado. Os ministros preferiram não falar sobre o caso de Pasadena.

Reportagem - Renata Tôrres
Edição – Regina Céli Assumpção

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