Política e Administração Pública

Vice-presidente da Câmara defende pauta mínima de votações para 2014

22/01/2014 - 16:41  

TV CÂMARA
ANDRE VARGAS
Vargas: é preciso evitar temas que comprometam o futuro governo.

O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), disse nesta terça-feira (21), em entrevista coletiva, que há matérias importantes a serem votadas neste ano e que as lideranças deveriam estabelecer uma pauta mínima para votação, ainda que o ano esteja prejudicado pela Copa do Mundo e pelas eleições.

Vargas cita, por exemplo, o marco civil da internet (PL 2126/11), a cota para negros em concursos públicos (PL 6738/13, do Executivo), o código da mineração (PL 5807/13) e vetos polêmicos como os feitos na lei eleitoral.

O parlamentar ressaltou, no entanto, que é preciso evitar temas que comprometam o futuro governo. "Nós estamos votando coisas aqui que vão valer para um futuro governo que não sabemos quem é. Então têm de ser vistas com cuidado, as propostas que podem impactar fortemente no orçamento, como PEC 300. Principalmente as propostas com grande apelo para segmentos eleitorais. Estaremos votando para o próximo governador, para o próximo prefeito, principalmente que quando se vota despesas, deve-se considerar que tem de ter receitas."

Para André Vargas há tempo para votar, talvez não haja condições políticas para isso. Ele citou como exemplo a reforma política. Para ele, essa é uma reforma que deve ser feita no primeiro ano de mandato. "A reforma política tem de ser feita em perspectiva. Todos nós sabemos que a reforma política tem de ser feita no primeiro ano de um governo, no primeiro ano de mandato e provavelmente para valer gradualmente para não mudar as regras do jogo para não mudá-las com o jogo em andamento. Eu, pessoalmente, acho muito improvável que se vote a reforma política. Em 2007 teve um consenso aqui na Casa. Em 2006 foi o período de eleições, 2007 tinha um consenso do PMDB, do PFL da época, PT E PSDB. Nunca se teve um consenso tão forte como aquele, e não se votou."

Divrgências entre PT e PMDB
André Vargas minimizou as divergências entre PT e PMDB. Para ele não há crise entre os dois maiores partidos da Câmara, e disse que é natural que em períodos eleitorais haja um debate maior sobre candidaturas de um ou de outro partido e que este ano esta tensão está menor que em outras eleições.

Reportagem - Aprigio Nogueira
Edição – Regina Céli Assumpção

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