Política e Administração Pública

CUT: manifestações continuam até projeto sobre terceirizações ser retirado

03/09/2013 - 17:57  

Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados
Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestam em uma das entradas da Câmara
Manifestantes entram entraram em confronto com a Polícia Militar em uma das entradas da Câmara.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) pretende manter as manifestações na Câmara dos Deputados até ter certeza de que não será votado o projeto de lei (PL 4330/04), que regulamenta o trabalho terceirizado e está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça. Nesta terça-feira (3), trabalhadores ligados à CUT e representantes de outras centrais sindicais entraram em confronto com a segurança da Casa dentro do plenário da CCJ e com a Polícia Militar numa das entradas da Câmara.

Os trabalhadores, que estão acampados na Esplanada dos Ministérios, vieram em passeata para o Congresso, onde foi permitida a entrada de 40 pessoas. O resto do grupo ficou do lado de fora, gritando slogans e pressionando para entrar. Para dispersar a manifestação, a Polícia Militar utilizou gás lacrimogênio e spray de pimenta. De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, a violência foi injustificável e poderia ter consequências graves. Ele afirmou que vai procurar a direção da Câmara para discutir o assunto.

“Aqui tem que ter capacidade de negociação para impedir que o pior aconteça. Aqui só tem trabalhador. Não dá para tratar trabalhador como bandido, com chicote, com bofetão, com spray de pimenta”, argumentou.

Espaço
Para o deputado Marcon (PT-RS), que atuou como interlocutor com os manifestantes, essas dificuldades ocorrem porque os trabalhadores estão perdendo espaço dentro do Congresso. “Isso reflete a Câmara que nós temos. Hoje na Câmara muito poucos deputados são a favor dos trabalhadores. Com pressão nós podemos mudar a realidade. Se tiver pressão os trabalhadores podem garantir seu trabalho. Se não, vão ser linchados os direitos dos trabalhadores aqui na Câmara”, disse.

O gás liberado pelas bombas detonadas pela Polícia Militar na área externa invadiu os Anexos 2 e 4 da Câmara, impedindo temporariamente a circulação de pessoas nessas áreas. Não houve feridos entre os manifestantes e também não foi registrado dano patrimonial.

Reportagem – Vania Alves
Edição – Rachel Librelon

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: PL 4330/2004

Íntegra da proposta