Agropecuária

Meio Ambiente aprova selos verdes para a lavoura do cacau

22/03/2013 - 16:16  

Dep. Giovani Cherini (PDT-RS)
Cherini: modo de cultivo de cacau na Mata Atlântica auda na conservação ambiental. 

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou, na quarta-feira (20), proposta que institui os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazônia, para atestar a sustentabilidade e os interesses social e ambiental da cacauicultura nacional.

O relator, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), apresentou parecer pela aprovação do substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que estende a possibilidade de certificação ao cacau da Amazônia.

O projeto original (PL 3665/12), do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), trata apenas do cacau cabruca.

Preservação
Segundo Cherini, o termo cabruca deriva do verbo "brocar". Isso porque essa variedade de cacau é cultivada em “brocas” feitas na Mata Atlântica, de forma a conviver com a vegetação original. Broca é o ato de cortar arbustos ou mato preparando terreno para a roça.

O relator afirma que essa modalidade de cultivo permite a conservação de 228 espécies de árvores nativas, incluindo o Pau-Brasil, o Jequitibá, o Jacarandá, o Vinhático e o Cedro. “O sistema ajuda também na conservação da fauna, incluindo animais ameaçados de extinção, como o mico-leão da cara dourada”, acrescenta.

Giovani Cherini concorda com a certificação do cacau da Amazônia por considerar que o cacau cultivado na região desenvolve-se em condições semelhantes às observadas na Bahia.

Tramitação
O projeto ainda será analisado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Newton Araújo

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