Segurança

Parlamentares avaliam números de violência contra crianças e adolescentes

Em 1980, 6,7% das crianças e adolescentes morreram de causas externas (como acidentes de trânsito e assassinatos). Em 2010, esse índice subiu para 26,5%.

28/11/2012 - 08:50  

A Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência fará seminário hoje, a partir das 9h30, sobre os índices e mortalidade de crianças e adolescentes no Brasil. A discussão foi proposta pela presidente da frente, deputada Keiko Ota (PSB-SP), e será realizada no auditório Freitas Nobre.

O debate será baseado no “Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes no Brasil” elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da área de estudos sobre violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela).

O estudo mostra que as causas externas de mortalidade, entre 1 e 19 anos, vêm crescendo nas últimas décadas. Essas causas englobam mortes no trânsito, quedas fatais, homicídios, suicídios, entre outros fatores externos que levam a óbito. Em 1980, 6,7% das crianças e adolescentes morreram de causas externas. Em 2010, esse índice subiu para 26,5%. Em 1997, a própria deputada Keiko Ota teve um filho sequestrado e morto aos 8 anos de idade, em São Paulo.

Debatedores
Foram convidados para participar do seminário:
- o coordenador da pesquisa, Jacobo Waiselfisz;
- o presidente do Cebela, Jorge Werthein;
- a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário;
- a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência da Secretaria de Justiça do DF, Valéria Velasco – que teve um filho de 16 anos morto por uma gangue em Brasília, em 1993;
- o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante;
- a administradora executiva da Fundação Abrinq, Heloisa Silva de Oliveira; e
- o diretor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Pablo Gentili.

Da Redação/ND

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