Segurança

PF descarta terceirização do seu setor de inteligência

24/04/2012 - 18:13  

O delegado da Polícia Federal Wellington Soares Gonçalves negou que haja uma intenção de terceirizar setores estratégicos da PF. "Existe um debate sobre terceirizar algumas atividades administrativas, como a emissão de passaporte, para que haja uma maior força policial disponível na área de investigação", explicou.

Gonçalves participa de audiência pública que discute as condições de segurança e defesa do País para receber grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014. A reunião foi realizada no âmbito da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional e das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado.

O delegado foi questionado pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que quis saber também sobre o uso de malas de escuta. Ele negou que a PF faça uso de equipamentos de escuta telefônica para causar danos a pessoas ou instituições.

"A forma como a PF faz uso dessas malas e de outros equipamentos é sempre de acordo com as leis e com a Constituição. Trabalhamos sempre por provocação de um fato criminoso, em que haja indícios suficientes para abertura de inquérito", ressaltou.

O representante do Gabinete de Segurança Institucional, Luiz Alberto Sallaberry, disse que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não dispõe de maletas de escuta: "Infelizmente não temos esses equipamentos, porque a legislação não permite que um órgão de inteligência faça esse tipo de interceptação."

O debate já se encerrou.

Reportagem – Jaciene Alves
Edição – Carolina Nogueira

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