Deputados pedem à CBF que ajude a modernizar a gestão esportiva no País
11/04/2012 - 20:07

O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e outros dirigentes do Comitê Organizador Local da Copa participaram de audiência pública, nesta quarta-feira, na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. Vários deputados pediram empenho da CBF para que, antes da Copa, o País ganhe uma estrutura mais moderna de administração esportiva, conforme sintetizou o ex-relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Candido (PT-SP).
"Já fizemos muita política com o futebol, mas acho que é o momento de fazer política para o futebol: trabalhar o fortalecimento econômico dos clubes, revitalizar a Timemania, promover a transparência na gestão dos clubes para que possam ser beneficiários de verbas públicas e trabalhar o fundo de previdência para os atletas", disse.
José Maria Marin disse que a CBF está disposta a colaborar em um processo coletivo de readequação administrativa do futebol. "Já houve um avanço nesse aspecto da legislação esportiva, vamos procurar aprimorá-la dialogando com o Poder Legislativo e todos os clubes. Já estamos formando um grupo para dar um suporte de ordem legal, fiscal e tributária. Isso, eu acho que é papel da CBF, de orientação. Mas, corrigir má administração usando recursos da CBF, nós não podemos fazer", afirmou.
Estádios em dia
Os dirigentes disseram que as obras de reforma e construção de estádios estão dentro do cronograma previsto. Admitiram atrasos nas obras de mobilidade urbana e de infraestrutura nos aeroportos, mas ressaltaram que, neste caso, a cobrança de responsabilidade deve ser feita ao governo, não à CBF nem ao Comitê Local.
Eles ressaltaram ainda os legados sociais, econômicos e infraestruturais que a Copa de 2014 deixará para o Brasil.
Romário

A audiência pública também serviu para a reaproximação entre a CBF e o deputado Romário (PSB-RJ), crítico contundente do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. José Maria Marin, que completou um mês no comando da CBF, pediu o apoio do deputado, que foi o principal nome do tetracampeonato da Seleção Brasileira, em 1994.
Romário concordou em colaborar, mas já fez um apelo pela mudança imediata no estatuto da entidade, a fim de evitar que se repitam os casos de dirigentes que se perpetuam na presidência da CBF.
"É preciso definir qual vai ser o período em que o presidente poderá estar diante da presidência, se vai ser três ou quatro anos. E quantas vezes esse presidente pode se reeleger. Na minha opinião, ele teria até dois mandatos. E, quanto ao resto, as coisas podem vir acontecendo com calma. Acredito que a CBF hoje está em melhores mãos do que eu imaginava quando o presidente José Maria Marin assumiu", disse.
Marin disse que espera de Romário sugestões imediatas que já possam ajudar o Brasil a conquistar, neste ano em Londres, a inédita medalha de ouro olímpica no futebol masculino.
Reportagem - José Carlos Oliveira /Rádio Câmara
Edição - Wilson Silveira