Para produtor, papel da televisão não é promover a educação formal

08/12/2011 - 11:44  

O jornalista, produtor e diretor de televisão e cinema Nelson Hoineff afirmou há pouco que não é competência da televisão promover a educação formal ou lidar com as deficiências da educação formal no Brasil. Ele participa de audiência pública sobre o controle da programação da TV aberta, promovida pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Segundo ele, muitas vezes a televisão aberta apresenta programação sensacionalista e de mau gosto. “Mas isso não é diferente de outros lugares, mesmo naqueles que têm a televisão considerada a melhor do mundo, como a Grã Bretanha”, disse. O produtor afirmou que, por outro lado, a televisão aberta brasileira tem apresentado jornalismo com alto nível de qualidade e de confiabilidade, mesmo segundo padrões internacionais. “Existe uma demonização da TV hoje no Brasil”, opinou. “Mas, na minha visão, estamos no caminho de criar uma televisão cada vez maior.”

Hoineff destacou que a televisão aberta tem importância muito grande no Brasil, devido aos baixos índices de penetração da televisão por assinatura. De acordo com o jornalista, a penetração da televisão aberta, no Brasil, é de 98% - índice semelhante aos Estados Unidos e países da Europa. No caso da televisão por assinatura, ele afirmou que a penetração no Brasil seria de 6%, enquanto nos Estados Unidos e em países da Europa seria acima de 90%. Conforme ele, nos Estados Unidos, a televisão por assinatura, que tem mais canais, é mais vista do que a TV aberta. Na sua visão, isso seria mais compatível com a estrutura da sociedade, que tem nichos de interesse. “Temos que diversificar”, disse.

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Reportagem – Lara Haje
Edição- Mariana Monteiro