Saúde

Ministério da Saúde critica autorização de vacina pelo Ministério da Agricultura

22/11/2011 - 17:40  

O coordenador-geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, José Ricardo Pio Marins, afirmou que o Ministério da Agricultura tomou a decisão de autorizar uma vacina contra a leishmaniose sem consultar o Ministério da Saúde. "Solicitamos mais dados sobre a segurança da vacina, que, se não for confirmada, o registro poderá ser cancelado", disse.

O mestre em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e doutor em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Vítor Márcio Ribeiro, entretanto, contradisse o Ministério da Saúde, afirmando que há opções de vacinas seguras desenvolvidas no Brasil.

O relator do PL 1738/11, que estabelece uma política nacional de vacinação contra leishmaniose animal, deputado Mandetta (DEM-MS), questionou o fato de o Ministério da Agricultura ter reconhecido uma vacina contra a Leishmaniose há pouco mais de um mês. "Meu voto será técnico e baseado em dados científicos", disse.

Durante a audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o Projeto de Lei 1738/11, que torna obrigatória a vacinação anual de cães e gatos contra a leishmaniose, foi entregue ao relator um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas pedindo a aprovação do projeto.

Coleiras com inseticidas
Tanto Mandetta como o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) questionaram a possibilidade de adoção em massa de coleiras com inseticidas, conforme sugeriu Vitor Ribeiro. Pio Marins afirmou que o Ministério da Saúde estuda a viabilidade dessa medida.

Autor do projeto, o deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) elogiou o debate e afirmou que as contribuições o deixaram mais seguro de que deve ser dada a opção de tratamento e vacina para os cães.

A reunião foi encerrada há pouco.

Reportagem - Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Íntegra da proposta