Economia

Marco Maia defende modelo brasileiro de matriz energética

O presidente da Câmara foi o relator da sessão sobre meio ambiente no G-8 parlamentar.

12/09/2011 - 19:50  

Daniel Bésikian
Participação do presidente Marco Maia na assembleia do G8.
Marco Maia: o Brasil utiliza quase 50% de fontes renováveis, entre elétrica, eólica e solar.

O presidente da Câmara, Marco Maia, defendeu o modelo brasileiro de matriz energética durante a 10ª edição da Conferência das Assembleias do G8, que aconteceu entre 08 e 10 de setembro, em Paris, França. Participaram representantes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia, além dos países convidados Brasil e África do Sul.

Na plenária sobre "Energias do Futuro: O Papel dos Parlamentos", Marco Maia usou o exemplo brasileiro para discutir a importância de fontes alternativas de energia para recompor a matriz energética mundial. Ele ressaltou que, atualmente, os combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás natural) representam 87% da matriz energética mundial. “No Brasil, o número é um pouco mais otimista. Temos quase 50% de utilização de fontes renováveis, entre elétrica, eólica e solar."

No setor de transportes, merece destaque os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel. O Brasil é o único país onde o consumo de etanol é maior que o de gasolina, pois o preço do combustível produzido a partir da cana-de-açúcar é competitivo com o preço do derivado de petróleo, em função das peculiaridades geográficas e da tecnologia própria do País.

Calendário de mudanças
Marco Maia defendeu o papel dos Parlamentos de analisar as possibilidades de construir um calendário de mudanças na produção e no consumo de energia. Segundo ele, "essa é a difícil tarefa que cabe aos Parlamentos: elaborar leis que incentivem a introdução de novas fontes de energia sem desequilibrar as contas públicas e sem retirar competitividade à economia".

"Muitas vezes são tecnologias experimentais, ainda não testadas em escala real e que exigem grande esforço de pesquisa e desenvolvimento. Só os países mais ricos possuem a capacidade de desenvolvê-las e os países mais pobres não têm condições de pagar o seu custo a preço de mercado", ressaltou Maia.

Brics
A conferência marcou também a aproximação entre os países que integram os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o encaminhamento da assinatura de um protocolo de cooperação parlamentar entre os países em desenvolvimento.

Em uma reunião entre o presidente da Câmara, Marco Maia, o presidente da Assembleia Nacional da África do Sul, Max Vuyisile Sisulu, e o vice-presidente da Câmara Baixa da Rússia, Oleg Morozov, as lideranças políticas definiram para o início do ano que vem uma reunião no Brasil para assinar o acordo de cooperação. "Será fundamental a institucionalidade dos Brics para termos poder de decisão em bloco", reforçou Marco Maia.

Da Redação/NA

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