Comunidades que tratam dependentes enfrentam resistência, diz relator
03/08/2011 - 19:01
O relator da Comissão Especial sobre Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), afirmou que as chamadas comunidades terapêuticas, centros que trabalham na recuperação de dependentes químicos, têm encontrado resistência do Ministério da Saúde. A razão seria a influência religiosa no tratamento.
O deputado disse ser importante superar essa resistência porque, segundo ele, essas comunidades são eficazes na recuperação de viciados. Carimbão participou de audiência pública da comissão com representantes da Polícia Federal. O debate foi encerrado há pouco.
Norma
No início de julho, o governo simplificou as regras de funcionamento das comunidades terapêuticas. Uma nova norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desobrigou os centros a atingir um número mínimo de funcionários especializados, dentre outras medidas.
Sobre religião, o texto atual diz que os centros deverão respeitar o credo do dependente. A norma anterior definia que o usuário não poderia ser obrigado a participar de atividades religiosas durante o período de acolhimento.
Reportagem – Renata Tôrres
Edição – Daniella Cronemberger