Saúde

Brasil não tem rede integrada de tratamento de dependentes, diz Lopes

27/06/2011 - 13:58  

O presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirma que o Brasil não conseguiu ainda organizar uma rede integrada de tratamento, apesar de ter, de maneira isolada, tanto ações de governo e da sociedade civil.

De acordo com o último Relatório Mundial sobre Drogas da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado recentemente, aproximadamente 263 mil pessoas morrem anualmente por causa de drogas em todo o mundo.
O estudo mostra também que entre 190 e 270 milhões de pessoas usaram entorpecentes proibidos pelo menos uma vez ao ano. O Brasil está entre os líderes de usuários de maconha, cocaína e anfetaminas na América do Sul. Aqui, praticamente a metade dos universitários já experimentou drogas ilícitas.

“O Brasil ainda tem uma experiência muito tímida em política de requalificação. Infelizmente, há muito preconceito de reinserir esse cidadão, ex-tóxico-dependente, no mundo do trabalho, na sua cidadania plena”, lamenta Lopes.

Agora, a comissão especial vai percorrer todos os estados do país para discutir com a população o que pode ser feito para prevenir e barrar o uso de drogas. Até o final de agosto, terão sido 27 seminários estaduais. “A ideia é fazer um diagnóstico do estado e sistematizar todas essas discussões”, explica a deputada Rosane Ferreira (PV-PR), uma das integrantes da comissão especial.

A comissão ainda vai realizar um seminário nacional e um internacional em setembro. A partir dessas discussões, serão feitas propostas de lei para serem adotadas no País.

Reportagem - Ginny Morais / Rádio Câmara
Edição - Natalia Doederlein

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