Parlamento Europeu vai criar grupo específico para as relações com o Brasil
Representante do Parlamento Europeu, no entanto, fez críticas à posição brasileira relativa aos países árabes, como a Líbia, Síria e Sudão.
15/06/2011 - 22:00
O deputado Paulo Rangel, que representa o PSD português no Parlamento Europeu, anunciou que já está decidida a criação de um grupo parlamentar específico para as relações com o Brasil naquela instituição europeia. “Não é ainda oficial, mas é uma boa notícia de bastidores que posso lhes oferecer”, disse Rangel, na abertura do 18º Fórum Brasil-Europa, nesta quarta-feira, no auditório Nereu Ramos da Câmara.
Atualmente, há no Parlamento Europeu um grupo parlamentar voltado para o Mercosul. Tendo em vista o crescente protagonismo do Brasil, disse Rangel, o apoio ao novo grupo parlamentar já é majoritário.
Rangel fez uma série de elogios aos resultados econômicos e sociais que o Brasil vem alcançando nos últimos anos. Disse também que o Brasil é visto na Europa como uma potência ambiental, que desempenha um papel crucial para a solução dos problemas climáticos do planeta.
Abertura
Participaram da abertura do fórum os segundos vice-presidentes da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), e do Senado, senador Wilson Santiago (PMDB-PB). O encontro é uma promoção do Congresso Nacional, do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, da Fundação Konrad Adenauer e da Universidade de Brasília (UnB).
Eduardo da Fonte destacou a importância dos temas em pauta - a cooperação entre esses dois importantes atores globais que são Brasil e União Europeia (UE); o impacto da crise econômica mundial; a governança global; o funcionamento do G-20; as soluções ambientais para as mudanças climáticas, entre outros.
Já o presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), destacou a importância do Fórum tendo em vista que diversos projetos de lei em tramitação tratam de muitas das questões em discussão.
Também participaram da cerimônia de abertura a embaixadora da UE no Brasil, a portuguesa Ana Paula Zacarias; o representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Peter Fischer-Bollin; e o professor Estevão Rezende Martins, diretor do Instituto de Ciências Humanas da UnB.
O evento prossegue amanhã, com mais três mesas redondas, no hotel Manhattan Plaza, em Brasília.
Reportagem – Luiz Cláudio Pinheiro
Edição – Newton Araújo