Trabalho, Previdência e Assistência

Presidente de comissão apoia redução tributária a microempreendedor

15/04/2011 - 16:52  

Brizza Cavalcante
João Maia
João Maia: medida incentiva pessoas a montarem seu próprio negócio.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, deputado João Maia (PR-RN), declarou apoio à Medida Provisória 529/11, que reduz – a partir de 1º de maio – de 11% para 5% a alíquota de contribuição do microempreendedor individual para a Previdência Social. “Essa medida é muito bem-vinda não só pelo incentivo real ao setor, mas para abrir a cabeça das pessoas em relação a isto: monte seu próprio negócio", disse. O texto, editado no início do mês pela presidente Dilma Rousseff, está em análise na Câmara.

Conforme a Lei Complementar 128/08, é considerado microempreendedor individual o empresário com receita bruta de até R$ 36 mil por ano, sem participação em outra empresa como sócio ou titular e que tenha um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Atualmente, mais de 1 milhão de brasileiros pertencem ao grupo.

O diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto dos Santos, ressaltou a importância da medida como forma de retirar da informalidade trabalhadores como mecânicos, feirantes, artesãos e doceiros. "A formalização passa por uma forte redução de custos e uma simplificação dos processos. A figura jurídica do empreendedor individual veio cobrir uma lacuna que existia no Brasil, porque, com o advento do Supersimples em 2007, tivemos uma reforma tributária relacionada aos pequenos negócios”, disse.

Folha de pagamento
Já o deputado Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), também integrante da comissão, destacou que, apesar de positiva, a medida é tímida do ponto de vista econômico. Ele acredita que o problema a ser atacado é o custo dos tributos sobre a folha de pagamento das empresas. "O incentivo ainda é pouco, porque o microempreendedor não emprega muitos funcionários. O que temos de reduzir na economia brasileira é o custo da mão de obra - enquanto temos uma carga tributária altíssima sobre a folha, outros países praticamente não têm esses gastos", argumentou.

Saiba mais sobre a tramitação de MPs

Reportagem – Vania Alves/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Íntegra da proposta