Religiosos e representantes de movimentos sociais reúnem 21,3% dos novatos
24/01/2011 - 16:29
Outras duas categorias destacam-se entre os 61 novos deputados que nunca exerceram qualquer cargo eletivo: os religiosos e os representantes de movimentos sociais, como as organizações não-governamentais. As proporções são quase iguais: os primeiros reúnem 11,5% dos novatos e os últimos, 9,8% do total.
É os caso do pastor evangélico Ronaldo Fonseca (PR-DF) e da fundadora do Instituto Ives Ota, Keiko Ota (PSB-SP), ambos eleitos em 2010 logo na primeira tentativa. Em comum entre os deputados eleitos está a defesa de causas específicas durante a campanha, o que, segundo eles, contribuiu para o resultado nas urnas.
“A minha campanha foi toda feita em cima de valores da família, da ética e da moralidade. Creio que houve uma boa identificação da sociedade com o meu discurso”, suspeita Ronaldo Fonseca. O pastor explicou que, durante o mandato, deverá trabalhar em favor de causas defendidas pela maior parte do segmento evangélico, como: proibição da união civil entre pessoas do mesmo sexo, ilegalidade do aborto e vedação do uso da maconha.
Já Keiko Ota, mãe de Ives Ota, assassinado em 1997 aos oito anos de idade, afirma que se candidatou com o principal objetivo de aprovar mudanças no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) para aumentar as penas aplicadas nos casos de condenação por crimes hediondos. Segundo ela, os responsáveis pelo assassinato de seu filho cumpriram apenas seis anos de prisão em regime fechado. A experiência pessoal, associada à defesa de uma causa específica, segundo ela, foram fundamentais para sua eleição.“Esse tema sensibiliza as pessoas devido aos vários casos de violência que vêm assolando a nossa sociedade”, afirma Keiko.
Reportagem - Carolina Pompeu
Edição - Patricia Roedel