Bolsa Família não sofrerá com os cortes e será reajustada

07/01/2011 - 15:39  

Se por um lado o Orçamento de 2011 aprovado pelo Congresso deve ter recursos bloqueados pelo governo, o principal programa de transferência de renda do País, o Bolsa Família vai ganhar um reforço e será reajustado. O valor do aumento não foi definido porque está atrelado ao do salário mínimo, ainda em discussão. Hoje, as quase 13 milhões de famílias beneficiárias do programa recebem de R$ 22 a R$ 200 mensais.

A sinalização foi feita pelas ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assim que tomaram posse.

Miriam Belchior criticou o que chamou de "satanização" dos gastos de custeio, como se fossem sempre perniciosos. Ela lembrou que despesas absolutamente essenciais, como o atendimento em saúde e o Bolsa Família, são gastos de custeio.

A nova ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, destacou a importância do Bolsa Família como fator de mobilidade social. "Há pessoas, algumas inclusive sem documentação, extrativistas, pescadores, que sequer contam com a rede de serviço público. Nossa meta é conseguir encontrá-los e garantir que eles também sejam incluídos na rede de serviços, tanto no Bolsa Família quanto nas outras políticas públicas de saúde e de educação. À medida que isso aconteça, conseguiremos que essas famílias ascendam socialmente e, em alguns casos, deixem de precisar do benefício".

No discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff disse que uma de suas metas é erradicar a pobreza no Brasil.

Reportagem – Alexandre Pôrto/Rádio Câmara
Edição – Patricia Roedel