Câmara aprova criação de 42 cargos e 71 funções para Educação
13/12/2010 - 18:46
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou na última quarta-feira (8), em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., o Projeto de Lei 5915/09, do Executivo, que cria 29 cargos em comissão do grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS) no Ministério da Educação, 6 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CapesA Capes é uma fundação, vinculada ao Ministério da Educação, que investe no desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), com o objetivo de qualificar quadros para a pesquisa e o ensino universitário. A fundação é responsável por mais da metade das bolsas de pós-graduação no País. Além disso, avalia periodicamente os cursos de mestrado e doutorado e financia a produção e a cooperação científica. A Capes também edita a Revista Brasileira de Pós-Graduação para divulgar artigos científicos de professores e alunos e realiza o Prêmio Capes de Teses.) e 7 no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Também serão criadas 71 funções comissionadas para o FNDE, a serem ocupadas por servidores de carreira. As novas funções seguem os moldes adotados para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e estão divididas em três níveis: R$ 1.269,44; R$ 1.616,82; e R$ 2.425,24. De acordo com o Executivo, a proposta terá impacto de R$ 2,11 milhões no orçamento de 2010 (de julho a dezembro) e de R$ 4,9 milhões nos anos seguintes.
O relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que analisou apenas a constitucionalidade, a juridicidade e a técnica legislativa da proposta, sem avaliação do mérito, apresentou parecer favorável ao texto e a uma emenda de redação da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O projeto seguirá para análise do Senado, caso não haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.
Reforço
O governo argumenta que, tendo em vista as profundas mudanças promovidas no modelo de gestão das políticas educacionais, o Ministério da Educação necessita de um reforço em sua estrutura organizacional. O objetivo é criar condições adequadas ao acompanhamento da implementação dos recursos disponibilizados, das obras em andamento e dos próprios resultados das ações no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
De acordo com o governo, a atual estrutura do FNDE é insuficiente para abrigar todas as suas responsabilidades, que abrangem os programas de alimentação escolar; livro didático; saúde na escola; formação continuada a distância; biblioteca da escola; dinheiro direto na escola; transporte escolar; Brasil profissionalizado; escola aberta; e educação de jovens e adultos.
Tramitação
O projeto já havia sido aprovado em maio deste ano pela Comissão de Finanças e Tributação, em abril pela Comissão de Trabalho, e em novembro do ano passado na Comissão de Educação e Cultura.
Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro/SR